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sábado, 9 de maio de 2009

O Sacrifício Humano no Estado de Direito


O Sacrifício Humano no Estado de Direito



o moderno Estado de Direito, predominante em boa parte do mundo ocidental, tenha dispensado a exigência dos sacrifícios humanos, os considerando aberrações exclusivas dos estados assassinos de um passado já superado.
Ao contrário, o que ocorreu é que o Estado de Direito, abdicando dele mesmo presidir o cerimonial lúgubre,
transferiu o rigor das execuções,
à punhal,
porrete ou à bala, para as mãos privadas.
Quem neles faz às vezes de sacerdotes-executores ou de
policial-carracaso são os criminosos comuns,
assassinos soltos pelas ruas que escolhem suas vítimas
aleatoriamente,
ao seu bel prazer,
como se fora um arremate final do roubo
ou do assalto que praticam.


Treinados e instruídos dentro das prisões e
logo postos em liberdade por legislações penais
licenciosas que teimam em ignorar a existência do mal,
ou por simples fuga,
sob a bandeira da Ressocialização do Criminoso,
de remota inspiração iluminista,
eles exterminam democraticamente milhares de pessoas
por ano.
Matam ao deus-dará homens,
mulheres,
crianças,
jovens ou idosos.
Trucidam-nos na rua,
na praça,
dentro das casas ou no pátio das escolas,
nas agencias bancárias ou no interior dos ônibus,
na venda da esquina ou nas vielas de um morro.
Para eles não há um local sacrificial especifico em que devam
praticar os crimes,
pois eles têm a franquia total dos espaços,
visto que o
Estado de Direito abre-lhe democraticamente o acesso às ruas.

Para melhor orientá-los no seu oficio de morte,
atiçando-lhes e aperfeiçoando-lhes a imaginação
e a habilidade,
a televisão e o cinema,
albergados e protegidos por um entendimento pervertido do
direito de livre expressão, garantido pelo Estado de Direito,
apontam-lhe todos os dias,
a qualquer hora,
as mais diversas formas e maneiras de tirar a vida de alguém
(calcula-se que nos Estados Unidos os espectadores de televisão
estão expostos de 6 a 8 mil assassinatos por mês).
Enquanto o Estado Sacrificial dos indígenas exigia,
estimou-se, 20 mil vidas por ano,
o Estado de Direito (pelo menos no Brasil de hoje)
não se satisfaz senão com que umas 55 mil vítimas,
que é a média anual dos homicídios no País.
No Estado Sacrificial e no Estado Tirânico o medo vinha de cima, dos aparatos superiores formados pelos sacerdotes ou pela polícia política, no Estado de Direito contemporâneo o pavor vem de baixo, dos subterrâneos sociais ou dos bolsões periféricos da sociedade.


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