Quando alguém se diz religioso, por hábito ou por religiosidade, reza diariamente, pedindo paz e alegria pela manhã, harmonia e bem-estar à tarde e bons sonhos à noite; enfim, faz três orações, distribuindo-as pelo tempo, às vezes, em horários rigorosamente exatos, por exemplo, às 6:00, às 12:00 e às 18:00 horas, horas ditas "mágicas", sagradas; e, às vezes, não tanto; afinal, o importante é rezar manhã, tarde e noite. Se todos conhecem os hábitos, nem todos conhecem a Magia. Há também os que oram ao levantar e ao deitar; há os que não querem e os que não sabem orar, estes julgam que a prece precisa de fórmulas ou de belas palavras;
há ainda, mesmo em nosso mundo de provas e
expiações, os que vivem constantemente em orações.
Os hindus recitam seus mantras 108 vezes por dia: Na doença, para que a saúde volte; nas dificuldades, para que não tardem as soluções; dinheiro fácil, casamento rápido, a destruição ou a morte dos inimigos... muitos rezam por isto ou aquilo, raros são os que pedem pela humanidade, pelo planeta e mais raros ainda são os que nada pedem e louvam ou agradecem a Deus e com Ele conversam, deixando-se ficar em comtemplações, meditações...
Dizem que oração, prece e reza têm o mesmo significado. É apenas uma questão de preferência pessoal. Não penso assim. Rezar é repetir muitas vezes os seus desejos, agradecimentos, suas louvações, suas conversas ou mesmo seus pensamentos para si próprio, para seu anjo guardião, para todos os anjos, enfim, para o Universo. Para quê? Por quê? Só aquele que reza poderá responder com sinceridade e exatidão a esta pergunta. Prece "é uma invocação, mediante a qual o homem entra pelo pensamento em comunicação com o ser a quem se dirige." (O LIVRO DOS ESPÍRITOS, cap. 27, item 9). A prece possui três proposições: louvar, pedir e agradecer (op. cit. questão 659).
Muito se pede, pouco se louva e menos ainda se agradece. A humanidade que andava seguindo Jesus atrás de milagres ainda é quase a mesma, pouco evoluiu. Quanto à oração, engloba tudo, porque orar é buscar a paz dentro de nós, procurar a rearmonização com a Natureza e com o Universo, é querer estar em sintonia com os anjos, com o astral superior, é, enfim, lutar por nossa espiritualização, mas lutar querendo, sentindo, querendo em todos os níveis de consciência.
Para mim, a invocação significa implorar a proteção, o auxílio, a companhia de, suplicar a, chamar em seu socorro. A invocação sempre é feita com uma carga emocional em alta tensão, ou com muita alegria, ou em grande desespero, ou por muito amor.
Por tudo isto, resolvi escrever preces, rezas, orações, invocações e estudar os anjos, porque só eles e só por eles nos reintegraremos ao macro-cosmo. O Pai Supremo os enviou à Terra e a planetas iguais ao nosso para que eles iluminem, protejam, guardem, esclareçam... a quem os buscar conscientemente ou não. Quem ainda não sentiu o "toque do anjo"? Desde sempre, a Terra inteira sente este toque muitas vezes até sem o perceber.
A Magia é uma ciência de alta luz. Ela explica até o inexplicável. Tarots, Cristais, Runas, a Angelologia... a Magia sabe, pode e quer tudo explicar.
Que é anjo? Um ser iluminado, a mais pura essência, uma energia poderosa, um espírito puro a quem Deus confiou mais de 1.165 tarefas, conforme nos conta a própria Bíblia.
Que é um mago? Aquele que parte, pela razão e pelo coração?, do zero, querendo chegar ao zen. Mago: um mágico-místico, buscando o conhecimento, a sabedoria e o amor. Mago! Aquele que tem a obrigação de bem usar seus poderes, seus dons. Mago! Aquele que deve saber que a Magia deve ser para ele a ciência da iluminação, a alquimia espiritual, a arte de manipular objetos, sentimentos e pensamentos, apenas para o bem. O verdadeiro Mago não pode nem deve desconhecer a bruxaria, a feitiçaria, mas só deve praticar a caridade, admitir a celestial Magia, a Magia angelical. "A tradição não perdoa erros."
Os anjos estão em nosso vocabulário diário: "papo-de-anjo", "anjos do asfalto", nas cabeceiras das camas, nas amisetas, nos livros, nas igrejas, nas casas esotéricas... Os anjos estão sempre na moda, porque jamais se afastam de nós ("Para cada alma um guardião" - Maomé). Persas, hindus, hebreus, egípcios,... todos estudam os anjos, falam em anjos, desta ou daquela forma, com nomes diferentes, mas com igual significado. A humanidade precisa aprender a ancorar, a invocar seu anjo, a fazer reuniões angelicais, enfim, a amar seu anjo. Os anjos têm muito a nos ensinar. Sempre que jogo o tarot dos anjos aprendo uma lição de amor, de fé, de vida. Da última vez em que joguei, aprendi que um Mago ao orar deve tentar a transfiguração igual a de Jesus no Tabor.
Quando você souber ancorar seu anjo e estiver em sintonia com ele, sentirá seu perfume, ouvirá sua voz e ao lhe sentir o perfume, aprenderá a valorizar mais a Natureza, a psicosfera do planeta e os sentimentos das pessoas. Ao ouvir sua voz rezando (repetindo), com certeza, guardará a hierarquia angelical que se faz apenas para fins didáticos, as Leis do Supremo que lhe retificarão a consciência e, finalmente, sem que você perceba, começará a se purificar, a se angelizar. São Tomás de Aquino dizia que ninguém pode interferir nos planos do anjo da guarda; no entanto, a bruxaria e a feitiçaria e a magia mal aplicada procuram banalizar esta figura tão bonita e tão sublime que por suas responsabilidades diante de Deus, pelas tarefas e funções não dorme nunca.
Realmente, há relação dos anjos com os astros, com os orixás, mas isso tudo é muito místico e muito mágico. É importante que todos pensem nisso com ternura e com respeito, buscando o conhecimento e a sabedoria angelical, e não artifícios. E que os anjos digam AMÊN! E que os Magos digam também OM! (AMÉM!)
Clara Luz
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